Pesquisas de moda: dados e tendências de mercado
Para ficar por dentro das tendências e o que acontece de mais relevante no setor fashion, é necessário conhecer e analisar as diferentes pesquisas de moda.
Os relatórios de tendências de moda, consumo e comportamento podem funcionar como bons guias para as marcas, visto que mostram a direção em que tanto o público quanto o mercado estão caminhando.
Por isso, criamos um conteúdo com informações sobre boas fontes de pesquisas, dados interessantes sobre relatórios recentes e qual a relevância de basear as criações e as estratégias nesses materiais. Continue a leitura e confira!
Importância das pesquisas de moda
As pesquisas de mercado são de grande importância em praticamente todos os setores, e o de moda não é uma exceção. Quando realizadas por instituições confiáveis e sérias, elas servem como um bom “termômetro” do cenário e devem fazer parte dos diversos momentos do trabalho, desde o planejamento de coleções até o branding.
Além daquelas formuladas por organizações externas, a elaboração de pesquisas internas, ou seja, feitas pela própria marca, também é recomendada. A partir desse estilo de pesquisa, é possível verificar dados sobre o que a persona deseja, quais são as dores e o que ela procura de forma mais personalizada.
Alinhados à tecnologia, os dados podem facilitar, por exemplo, na organização dos filtros de uma loja virtual, seja na hora de selecionar os produtos de acordo com a cor, medida, categoria, tecido, preço, estilo, entre outros fatores pretendidos.
Basear-se apenas no feeling ou no senso-comum não é mais recomendado. Em cenários competitivos, o diferencial é a exclusividade, seja na hora de produzir ou atender. Com dados em mãos, esse processo pode ser bem mais prático e vantajoso.
Pesquisas de tendência de moda
Compreender o que é uma pesquisa de tendência ajuda a perceber como é possível aplicar as informações desses relatórios nas coleções.
As pesquisas de tendências visam projetar o que os consumidores estarão buscando em um futuro próximo. As organizações montam documentos de referência com base na observação de mudanças que estão ocorrendo no mundo da moda, além dos padrões vistos em grandes eventos.
O Pantone Color Institute, instituição da famosa empresa de especificação e controle de cores, produz diversos relatórios e pesquisas de mercado de moda feminina e masculina. Todos os anos, a PCI analisa as principais semanas de moda do mundo, trazendo quais cores serão tendências nas próximas estações.
Durante os desfiles de primavera/verão 2022 da NY Fashion Week, a organização divulgou o Fashion Color Report da temporada. De acordo com os especialistas do instituto, os tons selecionados mostram um apreço pelo que é familiar e um desejo de conforto, mas também apontam um anseio por espontaneidade e prazer.
Segundo Leatrice Eiseman, diretora executiva do PCI, “as cores para a primavera 2022 espelham nossos desejos complexos que mesclam a familiaridade reconfortante com a alegria de uma aventura por meio de uma seleção de cores suaves e atemporais, junto com tons alegres que celebram a diversão”.
Além da paleta de cores principal, o Fashion Color Report traz a versão atualizada de cinco tons clássicos, que também terão destaque na estação.
Outra plataforma relevante de pesquisas de moda é a Use Fashion, que costuma oferecer materiais gratuitos sobre tendências e estratégias de negócio, além de relatórios com previsões vistas em grandes feiras e desfiles.
Em seus últimos materiais, há apostas em tons neutros claros e terrosos para o verão 2022. Sob o aspecto dos movimentos do mercado, são apontadas tendências como slow fashion e localismo.
Outra autoridade em tendências é a WGSN, que traz diversos insights para quem trabalha com moda, decoração, arquitetura, entre outros segmentos. Em sua newsletter, ela oferece relatórios mensais sobre a temática e também é possível conferir matérias gratuitas no site da empresa.
Entre as apostas de cores da empresa para o verão 2022 estão o tom manteiga, o verde olive oil, o laranja sorvete de manga, o azul atlântico e o rosa flor de orquídea.
Já sobre tendências do segmento, os últimos materiais da WGSN destacam as questões de sustentabilidade, pauta cada vez mais discutida no mundo corporativo, e a importância do conforto na moda, muito debatida devido à pandemia de covid-19.
Pesquisas de consumo e comportamento
Enquanto os relatórios de tendência apontam a direção da criação, as pesquisas de consumo e comportamento ajudam a construir estratégias de marketing, branding e outras decisões quanto à gestão do empreendimento.
O Sebrae Inteligência Setorial é um dos sites para pesquisa de moda e publica uma série de relatórios focados nos negócios do segmento, com informações sobre tendências do mercado, consumo e comportamento do público.
Entre os materiais publicados em 2021, há documentos sobre o conceito de inovação social, que busca a geração de valor a longo prazo e com propósito nas empresas, os critérios ESG e definições sobre o que são lojas utilitárias.
Esses relatórios mostram quais são as movimentações do setor de moda para o contexto pós-pandemia, além de apontar estratégias e conceitos que estão despontando no mundo empresarial e na percepção dos usuários a respeito de marcas e negócios.
A WGSN também produz documentos importantes para pensar o consumidor de moda. Dois dos mais recentes trazem panoramas interessantes para entender o comportamento e o que o público espera das marcas em um futuro próximo.
No relatório Consumidor do futuro 2022, a empresa apresenta três perfis de consumidores contemporâneos. O primeiro deles é o grupo dos estabilizadores, caracterizado pela busca por estabilidade em todos os âmbitos da vida e por deixar de lado o culto à produtividade.
Já o segundo perfil descrito é o dos comunitários. Esses consumidores prezam pela solidariedade, pelo sentimento de comunidade e pelas questões ambientais. Eles priorizam lojas locais e têm abandonado os grandes centros urbanos.
O último grupo apresentado pelo relatório é o dos novos otimistas. Esse perfil de consumidor é caracterizado pela hiperconexão, pelo alto nível de sociabilidade e pela busca por felicidade. São indivíduos de diferentes gerações e que também prezam pelo ativismo.
Outro relatório que conta com perspectivas interessantes sobre o público consumidor do setor é o Futuro do e-commerce de moda, produzido pela WGSN, em parceria com a marca brasileira Dafiti.
O documento destaca as pautas prioritárias dos usuários que consomem moda atualmente. Entre as agendas, destacam-se a reforma social, a segurança, a dicotomia da tecnologia, as questões ambientais e as novas alianças globais.
Pesquisa de público-alvo para moda
O público-alvo pode ser definido como o conjunto de consumidores ideais que a marca busca atingir. É importante saber quem são as pessoas com quem sua empresa quer se relacionar, a fim de estabelecer estratégias mais ajustadas a elas, tanto na criação de peças como no direcionamento da comunicação.
Para isso, é fundamental pesquisar esse público, para saber como ele se comporta, o que tem como prioridade e o que deseja encontrar em uma marca.
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Como dito anteriormente, a ideia de persona é uma ótima possibilidade nesse sentido, já que são criados perfis, com base em dados reais, que apresentam quem é a pessoa que a empresa atenderá às dores.
Para criar personas, é preciso, então, coletar informações sobre o público que já consome a marca, entendendo quais são os motivos que estimulam a escolha dos produtos da sua empresa, em relação aos concorrentes. Esse processo também permite a compreensão dos anseios dessas pessoas.
Uma possibilidade interessante para essa coleta de dados são os formulários. As perguntas podem ser sobre o perfil do cliente, como sua faixa etária e gênero, o que esse usuário reconhece como diferencial da marca, o que valoriza nela e se os produtos atendem às suas necessidades.
É possível enviar os questionários por e-mail para quem já realizou compras na loja e é recomendado que seja oferecido algum brinde, como um cupom, pela participação do cliente.
Outra alternativa muito utilizada é a coleta de dados sobre o público pelo Google Analytics. Observar o perfil do usuário que compra em seu e-commerce e como ele se comporta por meio de métricas que mostram a recorrência de visitas ao site, a quantidade de pedidos finalizados e dados demográficos pode ser um bom norte para a criação de personas.
Um ponto importante nesse sentido é a atenção aos critérios da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, em vigor no país desde 2020. Os usuários precisam saber quais informações estão sendo coletadas, com qual finalidade e consentir com isso.
Depois de reunir as informações, é preciso analisá-las estrategicamente, percebendo o que se repete nas respostas e como a marca pode gerar valor para esse consumidor. A partir disso, a persona pode ser estruturada traçando o perfil de consumidor que a marca irá buscar para se relacionar.
É acompanhando as principais pesquisas de moda, nas suas mais variadas vertentes, que você ficará em dia com o mercado. Quer saber muito mais sobre o que acontece no setor, além de receber insights valiosos? Preencha o formulário abaixo e receba novas dicas diretamente em seu e-mail!
