História do Biquíni: 75 anos da peça favorita do verão


Falar de moda praia sem citar o biquíni é impossível. Essa peça icônica reina nas praias, piscinas, cachoeiras e muito mais. Você conhece a história do biquíni? Derivada do maiô, a vestimenta foi lançada em 1946 e completa 75 anos em 2021. Quer saber mais sobre a invenção do biquíni e curiosidades? Continue a leitura!
Em que ano foi criado o primeiro biquíni?
Apresentado pela primeira vez em 1946, em uma piscina pública de Paris, o biquíni foi criado por Louis Réard, e a primeira mulher a usá-lo foi Micheline Bernardini.
Micheline, dançarina de boates adultas que posava para revistas eventualmente, foi escolhida para usar o biquíni pois nenhuma modelo havia aceitado o convite. Para a época, este era um modelo extremamente ousado. E aparecer em público com uma peça tão pequena, que deixava o umbigo à mostra, era considerado vulgar.
Como Réard sabia que sua invenção era, no mínimo, escandalosa para a época, decidiu estampar o primeiro biquíni com diversos jornais. Afinal, no dia seguinte de seu lançamento, a peça certamente seria manchete nos periódicos ao redor do mundo.
O nome “biquíni” foi inspirado na Ilha Bikini, localizada nos Estados Unidos. A ilha era usada para testes com bombas nucleares e, segundo Louis, sua invenção também era explosiva.

No Brasil, o biquíni deu as caras no final dos anos 1940. A primeira aparição pública da peça aconteceu em 1948, com a modelo Miriam Etz. Gradualmente, o traje de banho foi aparecendo nas praias. Helô Pinheiro, musa inspiradora do clássico “Garota de Ipanema”, também foi uma das primeiras a se render à peça.
Mesmo que a criação de Louis Réard seja considerada o primeiro biquíni da história, registros arqueológicos foram encontrados na Itália, nos quais a deusa Vênus utilizava um biquíni. Ou seja, a idealização da peça no imaginário existe há séculos!

Polêmicas e popularização
Louis estava certo quando afirmou que o efeito de uma mulher usando o biquíni seria explosivo.
A história do biquíni é cheia de polêmicas. A peça foi proibida em muitos países, incluindo Brasil, por ser considerada vulgar e um atentado ao pudor.
Em 1951, a primeira edição do concurso Miss World, realizado em Londres, vetou o uso da peça. Outras competições acompanharam a tendência.
Mesmo assim, nada impediu com que o biquíni continuasse ganhando novas entusiastas. Uma das maiores responsáveis pela normalização e popularização do biquíni foi a atriz Brigitte Bardot.

Em um de seus filmes mais famosos, intitulado E Deus Criou a Mulher, Bardot aparece em cena com um biquíni em xadrez vichy. Na época, a peça rapidamente se tornou desejo entre mulheres do mundo todo, uma vez que a atriz era o grande ícone de beleza.
Além disso, durante o Festival de Cinema de Cannes de 1953, a modelo e atriz ousou e apareceu em uma praia francesa com a “peça infame”. Depois desse episódio, as vendas subiram exponencialmente e a história do biquíni entrou em uma nova fase: a produção e uso em massa.
No Brasil, nomes como Carmem Verônica e Norma Tamar chamaram a atenção na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Esbanjando sensualidade, a peça logo se tornou querida por inúmeras mulheres brasileiras.

Ousadia na moda praia
A história do biquíni não para por aí. Nos anos 70, o modelo estilo tanga começou a aparecer nas praias. Com calcinha mais cavada, cintura baixa e parte de cima menor, a peça se popularizou rapidamente.
A prática entre as mulheres de enrolar a parte lateral do biquíni, deixando-o mais cavado, serviu de inspiração para a criação dos modelos asa-delta. Nos anos 1980, outros modelos como o sutiã cortininha e as calcinhas com laços laterais também foram ganhando espaço nas praias e piscinas ao redor do globo.

No Brasil, a evolução de peças do biquíni asa-delta deu origem ao famoso fio dental, com uma proposta ainda mais ousada e sensual. Embora não seja tão popular em outros países, é um dos grandes protagonistas nas praias brasileiras.
O biquíni nos anos 90 ganhou ainda mais reconhecimento e começou a marcar presença nas passarelas. Junto aos trajes de banho, designers investiram em acessórios que acompanhassem o look veranil, como saídas de praia, chapéus, cangas e muito mais.
Outra importante evolução na história da moda praia e do biquíni foi a criação de tecidos com elastano, mais adequados para a peça. Esse movimento auxiliou na criação de modelos mais confortáveis, práticos e tecnológicos.
E, embora não tenha alcançado muita adesão no Brasil, o topless também faz parte da história do biquíni e merece ser mencionado. A ideia surgiu com Rudi Gernreich nos biquínis dos anos 60, e faz muito sucesso até hoje em praias europeias.
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