5 dicas de sustentabilidade para confecções de moda


Muito se fala sobre como a indústria da moda, o incentivo pelo consumo desenfreado, as toneladas de resíduos de tecido produzidos anualmente e o descarte exacerbado de roupas causam impactos ao meio ambiente, mas existem formas de reverter essa situação? Continue no texto para descobrir a resposta e conseguir dicas de sustentabilidade para a sua confecção.
O que é moda sustentável?
Como comentamos em outra publicação do blog, moda sustentável é um segmento da indústria fashion que tem como grande preocupação a minimização dos efeitos ambientais causados durante o ciclo de produção e vida do produto.
A indústria da moda é a segunda mais poluente do mundo, consequência de um processo que abrange a extração de matérias-primas, o grande consumo de energia e água, a emissão de carbono e, também, o descarte dos resíduos.
Assim, falar em moda e sustentabilidade é falar em uma transformação de modelo de negócio que, como comenta a apresentadora e consultora de moda Giovanna Nader em seu canal no YouTube, essencial para se competir no mercado atualmente.
Resumindo, pensar em uma indústria sustentável é, também, revolucionar a forma como produzimos e consumimos. É valorizar pessoas e meio ambiente, e incentivar o consumo consciente.
Muito mais do que uma trend do momento, pensar em formas mais sustentáveis de criação indica preocupação com o futuro do planeta e pode ser fator determinante para o destaque da sua marca no mercado. Isso porque clientes estão cada vez mais atentos e interessados em conhecer a origem das matérias-primas dos produtos que consomem, exigindo informação, transparência e processos mais sustentáveis.
Como tornar a sua confecção mais sustentável?
Entendendo o conceito de moda sustentável, chegou o momento de descobrir como transformar a sua confecção de moda em amiga do meio ambiente. Para isso, separamos cinco dicas de sustentabilidade que podem mudar os rumos do seu negócio e o futuro do planeta.
1. Pesquisa e conquista de certificações
Como boa parte dos consumidores não têm acesso à cadeia de produção da indústria da moda, é normal que marcas usem do greenwashing, promovendo discursos sustentáveis sem esses serem reais.
Por isso, conquistar certificações é uma forma de assumir essa responsabilidade e assegurar para seus consumidores que os processos de criação e fabricação possuem os requisitos necessários para serem considerados ecologicamente corretos.

Alguns dos certificados disponíveis são:
- PETA-Approved Vegan: para marcas veganas e livres de crueldade animal;
- Sistema B: que, segundo o próprio movimento, é uma “comunidade global de líderes que usam os seus negócios para a construção de um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo para as pessoas e para o planeta”;
- Fair Trade: certificação de uma cadeia de produção justa e sustentável para pessoas e o meio-ambiente;
- Cradle to Cradle: certificação para negócios que fazem parte da economia circular;
- GOTS – Global Organic Textile Standard: considerada uma das certificações mais relevantes quando falamos em materiais orgânicos;
- OEKO TEX STANDARD 100: que assegura que a matéria-prima utilizada não possui substâncias consideradas nocivas;
- Eureciclo: certificação indicada especialmente para e-commerces, uma vez que indica logística reversa de embalagens.
2. Reutilização de materiais
Uma das principais formas de reutilizar materiais é o upcycling, um processo de criação de novas peças a partir de matérias-primas já existentes. Com isso, itens são customizados com retalhos e outros resíduos, formando composições mais interessantes e atraindo consumidores mais antenados em questões sociais e ambientais.
Nesse sentido, é válido procurar fornecedores que ofereçam materiais reaproveitados. Como exemplo, trazemos O casulo feliz, tecelagem que nasceu em 1988 e faz o reaproveitamento de casulos de seda descartados pela indústria.
Outras formas de reutilizar matérias envolvem o tratamento da água empregada na confecção das peças e a otimização dos demais recursos utilizados no desenvolvimento de coleções.

3. Valorização do ser humano
Falar em moda sustentável indica, necessariamente, pensar no tratamento dado para todos os seres humanos, propondo uma atuação positiva para a sociedade. Aqui, entram políticas de diversidade, defesa dos direitos humanos, o pagamento de um salário justo e um bom relacionamento com colaboradores, clientes e fornecedores.
4. Durabilidade das peças
Outra questão extremamente importante quando o assunto é moda sustentável é a vida útil das roupas produzidas e o incentivo ao consumo desenfreado.
Por isso, criar peças mais duráveis e produzir coleções que tragam mais informação de moda e não reproduzam tanto as trends do momento é uma ótima forma de pensar em uma indústria que gere menos lixo e, consequentemente, não seja tão nociva ao meio ambiente.

5. Investimento em tecnologia
E, para criar peças mais resistentes, é essencial que a matéria-prima utilizada seja produzida com fibras aprimoradas. Isso porque os tecidos tecnológicos são uma das provas de que o setor de moda pode ser menos poluente e nocivo.
Nesse mesmo sentido, a estamparia digital se mostra uma ótima opção para reduzir o impacto ambiental, gerando economia de custos e recursos, uma vez que demanda um gasto muito menor de água e energia.
Como você pode perceber, pensar em uma indústria mais sustentável é se comprometer com responsabilidade social e ambiental, é pensar em processos mais limpos, produzir mais lentamente e incentivar que o seu público repense o consumo desenfreado.
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