Movimento slow fashion: o que é e o que as marcas estão fazendo
Um movimento que valoriza a produção desacelerada, respeitando o tempo de confecção e também as condições de trabalho de quem está envolvido, está a cada dia atraindo mais pessoas interessadas em consumo consciente. O chamado slow fashion anda em contramão às gigantescas lojas de fast fashion, que cultuam a produção de massa para o uso imediato.
Você conhece o movimento e sabe o que as marcas estão fazendo para criar uma moda mais sustentável? Confira a seguir!
O que é slow fashion?
Marcas que buscam atuar com responsabilidade, ética e sustentabilidade ganharam força nos últimos anos. Junto a isso, estilistas, designers, profissionais e consumidores criaram um movimento global sem fins lucrativos, chamado de Fashion Revolution, que nasceu em 2014 no Reino Unido e atualmente age em todo o mundo.
A ONG tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre o verdadeiro custo das roupas e os impactos que elas podem causar no planeta. O slow fashion é uma vertente dos conceitos da Fashion Revolution, que combate o consumo desenfreado da moda.
O slow fashion valoriza os recursos naturais locais, os produtos sustentáveis, a reciclagem, o consumidor, os colaboradores de uma empresa e o design criativo de peças atemporais, que podem ser usadas em diversas ocasiões e épocas.
A moda sustentável
Segundo dados da ONU Meio Ambiente, a indústria do vestuário e dos calçados são responsáveis por emitir 8% dos gases de efeito estufa, e a moda aparece em segundo lugar na lista de setores que mais consomem água.
A moda sustentável começa a ser desenvolvida para que exista uma conscientização sobre os impactos negativos que produções de massa podem trazer ao meio ambiente.
Ela incentiva o consumo consciente, fazendo o consumidor pensar em toda cadeia produtiva da moda antes de comprar uma peça, como, por exemplo, adquirir produtos sustentáveis que têm uma vida útil mais longa.
O que fazer para desenvolver sustentabilidade na moda?
Adotar medidas mais sustentáveis na indústria têxtil pode transformar a empresa, trazendo desde colaboradores mais engajados a consumidores satisfeitos com o produto.
Para que isso ocorra, é necessário fazer mudanças culturais na empresa, adotando um modelo de desenvolvimento sustentável pensando nas demandas humanas, mas respeitando a natureza. Dirigentes devem pensar a longo prazo, melhorando as práticas dentro da empresa apresentando novas visões e comportamentos.
Investir em inovação no setor, como maquinários inteligentes que aliam produção de qualidade com a redução de impactos ambientais.
Um bom projeto sustentável preza pela economia de recursos naturais, como utilizar luz e ventilação natural na empresa e ainda reutilizar água em procedimentos industriais, de forma que não comprometa a qualidade do produto, tornando a produção menos prejudicial.
Além dos recursos naturais, é possível utilizar a reciclagem de resíduos como madeira, algodão e celulose, transformando em refibras resistentes para criar peças de alta qualidade.
Outra sugestão é aproveitar o tecido que seria dispensado na confecção, como os retalhos, que podem ser utilizados em sua forma original ou transformados em acessórios, ou ainda em objetos decorativos.
Reciclar é a palavra-chave do slow fashion, porém, se não for possível encontrar nenhuma solução para reutilizar o material da produção, descarte corretamente em locais de coleta, para que os rejeitos não cheguem aos rios e oceanos.
O movimento slow fashion desafia o setor a se reinventar, desde os processos da produção de uma marca, que necessita encontrar alternativas criativas para se destacar de maneira sustentável, até o comportamento das pessoas, consumindo moda de uma maneira muito mais responsável.
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