Moda sem gênero: o que é e como aderir na confecção
Por mais que não seja algo exatamente novo, a moda sem gênero explodiu recentemente. Fenômenos culturais que celebram a quebra de padrões de gênero e a experimentação, como seriados como RuPaul’s Drag Race e celebridades como Samira Wiley e Ezra Miller, estão estimulando cada vez mais pessoas e marcas a investirem nesse mercado.
Com o aumento da procura, as confecções enxergam, no nicho, uma grande oportunidade. Para saber mais sobre o assunto, continue a leitura!
O que é moda sem gênero?
A grosso modo, a moda sem gênero consiste em peças e looks que podem ser usados independentemente do gênero da pessoa. Ao longo da história, é possível encontrar diversos ícones da moda que se aventuraram por esse caminho, como a icônica atriz Marlene Dietrich na década de 30, que conquistou o mundo com looks ousados, utilizando calças e ternos, algo controverso para uma mulher usar na época. Até hoje, é possível encontrar releituras de seu clássico visual, com um terninho e chapéu estilo cartola.
A moda sem gênero vai muito além de apenas incorporar elementos femininos em peças masculinas ou o contrário. Sua premissa é criar peças que podem ser usadas de forma confortável e atraente por pessoas de todos os gêneros, com os mais diferentes tipos de corpos e desejos.
As redes sociais são um canal importante para que a proliferação do estilo continue em alta. Acompanhando o visual de celebridades e influencers, como a cantora Billie Eilish, conhecida por sua pegada streetwear e apreço pelo conforto, seguidores podem sentir-se desafiados e estimulados a experimentar estilos diferentes e que vão de encontro com as normas sociais de beleza e gênero.
Atualmente, a moda sem gênero está mais acessível do que nunca. Além de grifes e confecções slow fashion, lojas de departamento ,como a C&A, lançaram recentemente coleções apostando na tendência.
Como aderir à moda sem gênero
Diferentemente do que muitos pensam, a moda andrógina não se resume apenas a roupas largas e em cores como cinza e preto – ela pode utilizar cores e modelagens de todos os tipos. É necessário ter cuidado nesse ponto: marcas grandes lançaram coleções que apelam para essa saída e foram criticadas pela falta de originalidade.
Para não ter esse problema, é necessário criatividade e cuidado. Na hora da criação, pense em peças que podem ser utilizadas por todas as pessoas, e tenha especial atenção a regiões como ombros e cinturas, assim como comprimento das roupas.
As peças podem ser tanto chamativas quanto básicas. Lembre-se que a ideia não é buscar roupas na sessão do gênero oposto na loja, e sim buscar peças sem marcações de gênero.
Para facilitar a produção, é possível utilizar manequins que não possuam marcação de gênero. Com eles, é possível explorar novas medidas e formas de caimento.
Também não fique preso a limitações de peças. Muitas vezes, coleções apresentam artigos como calças e camisas, mas é possível ir além e criar peças como vestidos e saias sem distinção de gênero, aumentando a ousadia e as oportunidades para pessoas que buscam esse estilo!
Cores e estampas
Como já dito, a moda para todos vai muito além de uma paleta de cores sóbria e estampas lisas. Por mais que seja um estilo bastante procurado, nada impede a coleção de possuir cores ousadas e estampas chamativas, trazendo alegria e dinamismo para a tendência.
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